domingo, 7 de dezembro de 2008

Relato produzido por Deley de Acari, poeta e animador cultural



Na 6ª feira, houve uma operação policial do 9ª BPM com 12 policiais.


Na tentava de fulga um dos meninos do trafico troprçou caiu, sua pistola disparou
e a bala atingiu o pé de um morador. Os policiais ajudaram nos primeiros socorros do rapaz, e todos nós, que presenciamos o ocorrido, fizemos questão de insenta-los de culpa, e agradecer a ajuda.
Menos de meia hoa depois, tres dos mesmos policiais, entraram na casa de um jovem, que há mais de um ano foi cortado do trafico, e o torturou por mais de uma hora, dentro de casa, na presença de um primo e dois irmãos, e deseu avô, um senhor de 85 anos entrevado na cama e cego.
A a filha e a neta do senhor tentaram argumentar com os pms foram ofendida e ameçada poe eles. Me chamaram e, ao lado delas, pude ouvir durante uns dez, minutos o os gritos de socorro, e as pancadas que os pms desferiam no rapaz, tentei entrar na casa e os pms ameaçaram de nos matar. Então peguei o celular disquei pra corregedoria da pm e pus a neta de velho, e prima do rapaz pra falar com quem estava d outro lado da linha.
A voz do outro lado, avisou que estava tomando as providencias cabiveis e que estariam ligando pra p-2 do nono. Em menos de cinco minutos o telefone, do capitão que comandava a operação tocou, e deu pra ouvir, ele responder, sím coronel, já tamos saindo.
então soltaram o rapaz e foram saindo da favela. um dos torturadores, apontou o fusil pra mim, dizendo que se fosse bandido, já tinha me dado um tiro, que eu e a prima do rapaz estava fazendo isso também. disse a ele que se, quisemos defender bandido, nós que presenciamos, o morador ser baleado, teriamos culpado a pm.
Ele, na frente do capitão e dos outros policiais, de um dez moradores, disse que, da proxima vez eu não passaria batido, nem a prima do rapaz.
Apesar do fuzil apontado pra minha cara, botei o dedo na cara dele e disse-lhe que seria melhor ele tentar a sorte agora, pois a sorte não bate na porta das pessoas duas vezes seguidas, e que dá proxima vez a sorte, poderia virar contra ele. Ele destravou e levantou o fuzil mas o capitão chamou sua atenção dizendo, tá maluco pompel, vamos sair, vamos sair.

Os dois ultimos policiais que me ameaçaram e tentaram contra im já morreram. mas acho que arrumei mais alguns inimigos de farda.
mais que fazer... tudo bem.
o que mais revolta mesmo, é os policiais sustentarem uma mentira pra se protegerem.
mesmo quando nós moradores agimos com correção, honesntamente, impendido que sejam acusados injustamente, por algo que não fizeram.

Aqui em Acari, eles poderiam ter provocado uma tragedia, pois o rapaz que eles torturavam desmaiou quatro vez, sufocado com o saco na cabeça e as botinadas nos pulmões, e ainda poderia ter matado o senhor, que acabou quase tendo um enfarte.
Sequer levaram em considerão os fato de termos os defendido, minutos antes, no caso do rapaz baleado no pé.

Sempre a mídia, como a sociedade civil como um todo, acredita nas palavras versões oficiais dos pms e das autoridades da área de segurança e do governador, e desqualfica nossas palavras, de favelados nos acusando de estar defendendo bandidos.O que conforta a gente, que moramos nas favelas, é cada vez mais nossa credibilidade almentar com voces, compas do movimento social, que nos respalda, multiplica nossas nossas vozes, e fortalece nossa luta. Voces não imagina o quanto isso é bom pra gente, o quanto isso, nos fortalece e nos dá coragem pra continuar na luta que, quando acontece, um caso como o do menino matheus, no timbau, pensamos em abandona-la, capitular de vez. Ou começar a fazer justiça por nossas próprias mãos, seguindo um velho ditado acariense, que diz que "A VINGANÇA TAMBÉM É UMA FORMA DE JUSTIÇA!"
Só mesmo, a solidariedade militante generosa e revolucionaria de voces do asfalto
tem mantido um grupo cada vez maior de favelados, na luta pelo caminho certo, ao em vez de começar a sair fazendo M* por aí.

Valeu mesmo gente, não nos abandonem nunca, por favor!
Tá foda viu? Tá foda de guentar por muito mais tempo!
Fiquem sempre junto, a gente já não sabe muito o que fazer
sem voces.
E quando gente começa não saber o que fazer, a gente tende a fazer merda.

Tamo junto sempre, misturado e ajuntado, não é mesmo?
Fala aí!

Valeu!

Aché e luta.

deley

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