sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

“Magra e Poderosa”: é apenas isso que desejamos?


Estava passando os olhos na revista que vem todo domingo no jornal O Globo[1] quando me deparei com uma reportagem com o seguinte título: “O pulo da gata: saiba como um livro de dieta disparou da posição 77.938 para o primeiro lugar na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos”, escrita por Isabel Caban, cuja foto principal era da ex-integrante do grupo Spice Girls, Victoria Beckham, que possui 1,63 de altura e cerca de 45 Kg, em uma livraria com o livro em mãos.

Assim começava a reportagem:

“Aconteceu em maio deste ano, nos Estados Unidos: um livro de dieta lançado em 2005 e que ocupava a posição 77.938 na lista dos mais vendidos naquele país pulou para o primeiro lugar por causa de uma única foto publicada na imprensa. O crescimento registrado nas vendas foi de 37.000% (sim, com todos esses zeros). A foto era de Victoria Beckham e o livro, chamado “Skinny bitch” – atualmente o terceiro na relação publicada semanalmente pelo jornal “The New York Times” (...)”

Inocentemente, pensei que a reportagem mostraria como esta foto foi um mecanismo usado para aumentar a vendagem do livro. Porém, ao ler a reportagem percebi que ela nada mais era do que mais uma jogada de marketing para vender o livro no Brasil, já que seria aqui lançado na quarta-feira (21/11/2007) pela editora Intrínseca, com o título Magra & Poderosa.

A reportagem mostra como o livro (escrito por Rory Freedman, agente de modelos, e Kim Barnouin, ex-modelo) possui uma proposta radical que pode ser percebida a partir de alguns trechos nela destacados:

“(...) torne-se vegetariana para ser saudável, magra e ‘colocar um biquíni cavado para rebolar como se fosse a rainha da cocada preta’.”

“De nada adianta ser uma porca gorda. Beber álcool sempre = síndrome da porca inchada”.

“Se você acha que a dieta do dr. Atkins irá fazê-la emagrecer é porque é uma total idiota”.

Embora cite todos esses trechos absurdos, a reportagem recorre a dois recursos muito utilizados pela mídia para legitimar suas mensagens: busca a opinião de um especialista e pesquisas científicas. A nutricionista Adriana Bassoul, que acompanhou a tradução do livro, deu a seguinte declaração: “Me assustei quando comecei a leitura, mas rapidamente entendi que a intenção é dar uma sacudida”. Além disso, as autoras teriam recorrido a inúmeras pesquisas – mas, curiosamente, não há referência concreta a nenhuma delas - até chegarem à conclusão de que se deve parar de comer qualquer carne animal para se alcançar o tão desejado corpo magro.

O vegetarianismo é uma filosofia de vida que entende o consumo de alimentos de origem animal como uma prática desnecessária, que prejudica a saúde humana, o meio ambiente e a sociedade. Os animais são capazes de sentir amor, dor, medo e solidão. Desse modo, a maneira como são criados não atende às suas mais básicas necessidades e são mortos de forma bastante cruel, pois não há como matar um animal de forma “humanitária”. O livro “Magra & Poderosa” esvazia o real sentido do vegetarianismo, reduzindo-o a um único objetivo: deixe de comer qualquer tipo de carne animal para obter um corpo magro e belo.

Além de fazer propaganda do livro, a reportagem traz um box com endereços de locais onde se pode encontrar comidas destinadas aos futuros adeptos da dieta contida em “Magra & Poderosa”, com o seguinte título: “Roteiro orgânico: onde comer o que se deve”, que consiste não apenas em uma simples dica, mas também em uma ordem.

A reportagem me fez pensar também no atual culto a um corpo magro e livre de qualquer tipo de gordura. Dando uma rápida observada em bancas de jornal e guichês de supermercados, podemos ver uma série de revistas dedicadas à obtenção do corpo escultural. Duas dessas revistas me chamaram muito a atenção por algumas semelhanças que possuem com o livro em questão: Boa Forma, da Editora Abril e Corpo a Corpo, da Editora Símbolo.

Ambas as revistas, assim como o livro, trazem implícita ou explicitamente a idéia de que ser magro é uma obrigação e a chave para o sucesso, que virou, em nossa atual sociedade, sinônimo de felicidade. Transmite-se a idéia de que se você não possui um corpo magro é porque você não quer, pois eles te trazem os segredos para isso, você é que não tem força de vontade e determinação suficiente e, portanto, é um fracassado.

O livro Magra & Poderosa se beneficiou da foto da magérrima Victoria Beckham segurando um de seus exemplares para alavancar suas vendas. Já as revistas utilizam um outro mecanismo para isso: trazem em suas capas atrizes sem nenhum vestígio de gordura, quase sempre vestindo apenas um biquíni, deixando para o consumidor a sensação de que se ele comprar a revista e seguir seus conselhos também alcançará aquele corpo. Em seu interior, as revistas contem dicas de boa alimentação, tratamentos de beleza, dietas que prometem fazer milagres em semanas e uma reportagem com a atriz da capa, na qual, a mesma apresenta seus “truques de beleza” e exibe suas medidas: altura, peso e medidas dos quadris, busto e cintura, como sendo o padrão ideal a ser alcançado.

É curioso pensarmos como é possível que num mundo onde milhares de pessoas morrem de fome haja tamanha preocupação com a busca da magreza. Como é possível a correlação entre ser magro e ser poderoso. O que é mais uma coisa curiosa: a aparência como uma moeda de troca, como a chave para se alcançar o sucesso e a felicidade. Será que devemos nos deixar seduzir por essas mensagens canalizando nossas energias na diminuição das calorias de nossas refeições para que sejamos magros, belos, poderosos e aceitos socialmente, ou devemos direcioná-las para a busca de um mundo mais justo e humano, onde todos possam viver com dignidade? A escolha somos nós que devemos fazer...

[1] Ano 4, número 173, 18 de novembro de 2007.



Adriana Mattos de Oliveira (UFF/Observatório da Indústria Cultural)

23 comentários:

Observatório da Indústria Cultural disse...

Querida Adriana,
O detalhe é que bitch, em inglês, é um xingamento profundamente sexista e rebaixador das mulheres. Na versão em português isso foi omitido, mas é algo fundamental. Ser uma skinny (magérrima) bitch é ser objeto consumível e descartável. O machismo, bem como outras formas de preconceito, não só não morreu como encontra espaço de reciclagem no mercado.
beijos e parabéns,
Adriana Facina.

Eduardo Peret disse...

Excelente artigo! E aí vemos mais um livro caça-níqueis no mercado, re-lançado em "grande estilo" lá fora (basta estar nas mãos de uma celebridade...) e que pode rapidamente virar outra "dietamania" aqui nos trópicos - como já ocorreu com a dieta de Beverly Hills, a do Diet Shake, a da lua etc., propagandeadas em publicações que mais parecem livros de auto-ajuda...

Parabéns pela lucidez!

Anônimo disse...

ver o vegetarianismo associado à estética da magreza e do sucesso emocional e material no capitalismo é marca da cooptação de uma posição ideológica e política de uma minoria que sempre se moveu e até hoje tenta se mover contra o sistema. Esses e outros movimentos das décadas de 60/70 de contestação ao sistema foram incorporados ao capitalismo já a um bom tempo num belo exemplo de coesão entre as elites econômicas e culturais (ou contra-culturais)mas só agora estão sendo massificados na mídia, ou difundidos como hábitos na nossa retrógrada elite/classe-média tacanha. O Globo cumpre bem essa função. A "Skinny Bitch", megera e magérrima parte para a agressão contra aqueles que estão fora do padrão estético dominante. Não se trata mais de um leve desconforto por não ser uma modelo, trata-se de censura agressiva que os compradores do livro aceitam se auto-infligir em prol do corpo perfeito. Ótimo artigo, contém muita reflexão e possibilidades críticas, como a investigação dos grupos econômicos e de interesses que estão por trás das matérias de jornal e que a sustem através de propaganda (Editoras, Livrarias, Restaurantes Vegetarianos - toda uma gama de empresas capitalistas). Parabéns!

what I am disse...

Que fique bem claro que não faço nenhuma apologia ao livro, mas é nítido que tanto a autora do artigo quanto as pessoas que até então o comentaram não leram o livro, pois o mesmo não justifica nem levanta a bandeira do vegetarianismo apenas pela magreza.
Pelo contrário, a maior parte do texto refere-se à indústria cruel (esta sim, caça-níquel) de alimentos dos Estados Unidos, que sacrifica os animais e move bilhões, omitindo informações importantes para a saúde de sua população.
Li o livro e o interpretei muito mais como um estímulo saudável do que estético para a dieta vegan.
Além de tê-lo achado bastante esclarecedor no que diz respeito aos valores nutricionais, indústria de alimentos e exploraçao dos animais e do meio-ambiente.

Unknown disse...

Oi, Zeana,
Li o livro mas não sei se concorcodo com seu comentário. Apesar de o livro apontar para as ardilosas relações entre a indústria alimentícia, os grandes capitalistas e as políticas públicas de saúde não me parece que seu fim seja o veganismo como uma opção política. Algo que acho que corrobora este argumento é o fato de que o livro, assim como a reportagem que foi comentada no post, traz inúmeras referências a marcas de produtos vegan, mas não problematiza o próprio veganismo como nicho de mercado e lugar de distinção social. Além disso, me parece que a introdução de uma "dimensão política" na defesa do veganismo, nos moldes empreendidos pelas autoras do livro, serve apenas para reforçar os julgamentos morais sobre aqueles que se recusam a aderir aos imperativos de pureza corporal.

what I am disse...

Prezado Icaro,
Respeito a sua colocação, apesar de não concordar com ela. Acho que cada um faz a sua interpretação e tem seu ponto de vista a respeito do que lê.
O que me chamou atenção no artigo foi o fato de um livro ter sido criticado baseado apenas em uma matéria escrita sobre ele.

Joyce Elayne disse...

Comprei o livro e depois de ler que o leite tem pus arhg!!! deixei ele de lado srsr ... quero ser magra para ter saude e ficar bem comigo... Adora tenho duvidas se todas as informações do livro são corretas... a maioria dos alimentos podem causar cancer?!!
Aspartame..carne..leite..alcool.
Li que beber engorda, parei de beber,
li que fumar mata, parei de fumar,
Li que sexo faz mal... Parei de ler!!! srsr

Anônimo disse...

Li o livro e achei interessante.
Não concordo com a postagem...
É fato que o livro é bastante radical com relação á sua conduta, e logo no título é perceptível tal radicalismo. Mas acho que, como a tradutora disse, é só para dar uma "sacudida" na pessoa. Que mania das pessoas de criticar tudo...! Já vi muitas reportagens dessas revistas de dieta prometendo milagres, e nenhuma me animou fazer tais dietas. Já o referido livro me "levantou" e já mudei muitos de meus hábitos, como o de tomar leite. Percebi que não vai dar para seguir à risca os "mandamentos" do livro, primeiro porque não deixo de comer carne, por exemplo, e nem disponho de dinheiro para comprar o que eles indicam no livro. Mas vou tentar fazer tudo que me for possível.
Francamente, vamos deixar de lado essa "birrinha" chatinha com o que o "sistema quer que você seja" e vamos levar o livro como uma ótima oportunidade de ter um corpo saudável.
Me preocupo com questões socias, sou uma pessoa que condena o consumismo alienado e tal... mas confesso ser extremamente fútil com relação ao meu corpo! E não me envergonho disso! Conheço muitas pessoas inteligentes, consideradas intelectuais e etc... mas que são muito preocupadas com o corpo e chegam a ser como que "fúteis" com relação á isso.

E também acho um absurdo escrever uma opnião sobre o livro baseada na matéria dele. A pessoa deveria ler primeiramente o livro.
O livro exagera, é claro. É claro que uma pessoa não é melhor nem pior porque é magra ou gorda... mas, devemos extrair o que tem de bom no livro e irrelevar as outras coisas...

Anônimo disse...

Minha cara,
acho que você não compreendeu o que quis dizer com a postagem.
Sou uma pessoa muito preocupada com a minha saúde, porém ser saudável não significa querer ser igual a todo mundo, ou melhor, ser magérrimo não é sinônimo de saúde. Acho que devemos buscar uma vida saudável sim, porém não devemos ser ingênuos em acreditar que este tipo de produto - como o livro que você tanto defende - estõ pensando na nossa saúde. Eles estão sim sendo um veículo de divulgação de u determinado padrão de corpo e de consumo.
Mais uma coisinha: minha proposta não foi criticar o livro, mas sim a reportagem e si.

Espero que este comentário tenha lhe ajudado a compreender melhor minha intenções

Adriana Mattos

Jacqueline Freire disse...

Não acho que o livro imponha que vc seja magérrima. O tempo td as autoras dão ênfase a idéia de que vc não precisa deixar de comer o que gosta, nem comer menos. É só comer produtos saudáveis.
O fato de associar magreza e poder, como já disseram, é mto mais um problema da editora brasileira, que propriamente das autoras do livro.
Adorei o texto do livro, mto engraçado e mto interessante. Sou vegetariana e acredito sim, que a proposta do livro é boa e com intenções de levar mta gente por aí, viciada em livros de auto-ajuda e afins, a melhorarem sua qualidade de vida.

Mauro Pennafort disse...

Está mais do que claro que a autora do artigo não leu o livro.

O livro é agressivo ao denunciar a dicotomia que as pessoas vivem. Como podemos nós cair na falácia de que podemos nos envenenar o tempo todo (comendo carne, bebendo álcool, leite e quetais) e, ao mesmo tempo, ser saudáveis?!

Se o veganismo no livro é político ou não, isso não interessa! Dane-se o vegetarianismo político! Isso é questão de saúde! A esquerda brasileira é tão ridícula que até nisso tenta dar um viés político, sociológico, ideológico...

Querida Adriana essa postagem foi realmente bastante infeliz. Estratégias de marketing sempre existirão, mas propagandear saúde é bem melhor do que Coca-Cola ou cerveja.

Mas, se o livro lhe atingiu num ponto assim tão sensível...

Juliana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juliana disse...

Mauro,
Concordo com seu comentário. Sou a favor de tudo que promova a saúde e o bem estar. Ser magro é uma consequência da filosofia de vida dos vegetarianos. Isso é óbvio! Estou lendo o livro e acho que ele é bastante esclarecedor com relação a questão das carnes, leites, laticínios, bebidas, etc. Sem falar nas questões de saúde pública, nas condições de vida e no processo de abatimento dos animais! É impressionante como essas questões não são comentadas...
Estou achando o livro bastante pertinente, não pelo seu título, mas sim pelo seu conteúdo, que é o que realmente interessa.

Unknown disse...

Concordo com você Adriana, quando critica a ditadura e busca de um padrão de beleza inatingível, como o que sugere o titulo do livro " MAGRA E PODEROSA" ainda mais quando usado como jogada de marketing sua associação com a anoréxica e fútil ex-spice girl victoria beckman.
Porém, o titulo é pobre, se comparado a riqueza de seu conteúdo. Seu titulo tanto em inglês como em português busca atingir um publico alvo, que convenhamos, é hoje o único interessado em um modo certo de cuidar da saúde, infelizmente pelos motivos errados . o livro traz assuntos sérios numa roupagem-patricinha, mas que deveriam ser do interesse geral.
Na ultima pagina as autoras deixam bem claro que por traz da face emagrecedora que o livro apresenta, há um real interesse em mostrar a diferença que a mudança na alimentação , o estilo de vida, pode ter sobre nossa saúde, e pasmem, sobre as nossas medidas. É uma pena, porém que a cultura que vivemos valorize tanto/ somente nossas medidas. Isso faz com que conteúdos de grande importância para toda população, como a saúde, sejam registrados com a imagem de " magra e poderosa" rejeitado por grandes pensadores.

Luana Bomfim

Ana Carolina Fontoura disse...

Ganhei o livro de uma amiga que o comprou pelo título e não gostou. Graças ao título infeliz dado à edição brasileira, olhei para a capa e pensei: "Que baboseira!". Dei uma folheada no livro pensando que se trataria de mais um livrinho fútil e minha surpresa foi enorme e positiva. Sendo vegetariana por princípios, creio que posso dizer com propriedade que o livro em nada deturpa o vegetarianismo ou o veganismo: por motivos comerciais óbvios, a roupagem do livro é a de qualquer besteirol americano best seller, mas o conteúdo é muito bom. Por trás do tom debochado esconde-se uma enorme quantidade de VERDADE. E é por isso que criticam o livro. A imensa maioria da humanidade está cega em relação aos males que a alimentação desregrada e a falta de respeito por outros seres vivos e conscientes causa a si própria. A autora da crítica pergunta: "É só isso (ser magros) que desejamos?" - não, não é só isso. Desejamos um mundo mais limpo e menos cruel, e - quem diria! - o caminho para esse mundo nos leva a emagrecer e ser mais saudáveis. Não é maravilhoso? (Em tempo: essa atitude de "não li e não gostei" é muito triste... )

Priscila disse...

Prefiro ser uma 'Vagaba magrela" do que ser uma gorda glamourosa.
Sou vegetariana, porém não sou magra realmente. Existem muitos pontos de vista. Adoro o delas: tratam sem dó nem piedade o que as mulheres acham que deve ser tratado com delicadeza. Dieta é dieta: tem que ser rigorosa, saudável sim e sem deslizes o resto é pras porcas gordas como elas mesmas dizem: nunca vão emagrecer e vão morrer tentando.

Anônimo disse...

Adriana ,
se você tem tanta preocupação social a ponto de criticar tanto um livro de dieta, deveria se preocupar com assuntos mais importantes como as pessoas que passam fome q vc citou ,porem nao esta escrevendo sobre elas e sim sobre o livro, o livro é otimo a ideia ,a abordagem, a linguagem sem dó de qm não tem a menor preocupação com a saude e estetica(o que tem de errado com isso?desculpa mas ngm fica magra pq da sociedade é por causa de si mesma)Eu li o livro ja era vegetariana mudei a alimentação e minha vida perdi 17kg vivo muito melhor hj,e o livro não é superficial como você alega fala e muito sobre os maus tratos e tudo de ruim que existe a respeito de comer carne animal e como lucro da saude vem a magreza, que é otmio por sinal, quem gosta de ser gorda parabens mas não percam seu tempo criticando quem é magro e quem quer ser.

Dada disse...

Bem, não seja ingênua. As autoras foram bem publicitárias, porque o objetivo delas é alcançar o maior número de pessoas. E pelo menos elas fizeram isso porque querem mais a sua saúde do que você pode pensar.

Transcrevo partes do livro:

"Temos uma confissão a fazer. Na verdade não damos à mínima para magreza.(...) Nossa esperança porém é que você se torne saudável. (...) E daí se existe apenas um padrão de beleza perpetuado por Hollywood e no qual você não se encaixa? Não entre nessa. Cuide muito bem do corpo com o qual você foi abençoada e ame-o, ame-o muito.!" "Veja bem, sabemos que a estamos estimulando a ter uma aparência melhor, mas pelo amor de Deus, não associe aparência a valor."


Você perguntou: "Será que devemos (...) [canalizar]nossas energias na diminuição das calorias, (...), ou devemos direcioná-las para a busca de um mundo mais justo e humano (...)?"

Você e a maioria das pessoas ignoram o fato de que essas duas coisas são indissociáveis.

"USE A CABEÇA".

Uma pessoa REALMENTE saudável não deveria ter celulite. Celulite = inflamação por agentes tóxicos. Parece estranho?

Olhe os ingredientes de tudo o que vc comer num dia. Anote os nomes daquilo que vc não reconhece como comida. Achou algo?
É uma porcaria, que seu corpo não deveria comer!

Cada vez que qualquer um compra uma porcaria no supermercado vc alimenta o sistema, que como o nome diz preza o capital, e não saúde e justiça e muito menos a sociedade.

"A escolha somos nós que devemos fazer...", e sem conhecimento não há livre escolha, apenas ignorância. Vc só escolhe se sabe o que está envolvido no processo.

Acordemos todos...
Somos o que comemos.
(E pra quem disse que não há referência concreta no livro, leia as 13 páginas de livros consultados pelas autoras mais as 227 notas de pesquisas no final do mesmo.)

Mariana Monteiro disse...

Sou vegetariana, saudável, e gostei muito do livro.Gostei da linguagem, dos assuntos e do apredizado.

Mariana Santos,16 disse...

Que absurdo o livro ter essa forma de falar com as mulheres e alavancar na lista de mais vendidos! Hoje em dia qualquer garota sonha em ascender socialmente através de seu corpo. É amedrontador pensar em como será a geração do amanhã! Seremos pessoas vazias, preocupadas apenas conosco e em dar o bote em tudo e em todos, por que somos todos "skinny bitches" e então mandamos no mundo? Francamente...

Mariana disse...

Como se percebe que você que escreveu este artigo não leu o livro. Nem a maioria das pessoas que comentaram. Mas claro, se foi escrito por agente de modelo e ex-modelo, só pode ser porcaria hollywoodiana, não é mesmo? Nem precisa ler para saber disso, não é mesmo?
Se tivessem lido, não teriam dito as burradas que disseram. Mas claro, são intelectuais demais para se rebaixar a ler um livro escrito por uma ex-modelo e uma agente.

Anônimo disse...

O título do livro só serve pra chamar atenção.

Sim, há muita gente com fome. E sabemos que grande parte do território da Amazônia é utilizado para a criação de gado e a outra parte é utilizada para a plantação de grãos que irão alimentar o animal que será abatido e levado às "nossa" mesa ao invés de ser vendido À população que não recursos para comprar uma peça de picanha.

Anônimo disse...

EU li o livro. Na minha opinião, a autora só quis chamar a atenção falando sobre ser magra. Mas no decorre do livro ela vai conscientizando a comer coisas saudáveis, abandonar coisas industrializada, farinha branca, açucar refinado. Ela te motiva a não passar fome, mas comer tudo o que você come na versão saudável. Apresenta vários produtos vegan que podem substituir o que comemos no dia a dia. Achei uma boa proposta a dela. Ela deixa bem claro que pra ser magra e poderosa tem que ser saudável; não adianta ficar passando fome e comendo o que não presta. Acho que antes de comentar sobre o livro, deveria lê-lo na íntegra.